Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

A fronteira

A fronteira


 

 

Balançaste entre seguir e recuar.

O sonho empurrou, a ilusão afastou.

Tufão de avanços e recuos cambalearam.

O tempo persistiu malfeitor e seguiste-o.

 

Não conseguiste escolher.

Se tivesses decidido, o tempo tinha amainado.

As bambinelas deixariam de bulir.

A chuva continuaria mas as lágrimas aclarariam.

 

Porque não decidiste a tempo?

Podias ter escolhido, avançar ou recuar?

Planeaste pensar mais uma vez

Determinaste avançar e recuar.

 

Quiseste apreciar a intempérie.

Querias o sol, a chuva, o vento e a trovoada.

Tu que até foges do vento, da trovoada tens medo

Do sol e da chuva só furtivo

 

Não alcançaste que tudo tem um tempo

Que avanços e recuos te manteriam no marco.

Que assim atropelarias quem pretendia seguir.

E a luz se apagaria

 

Se, ao menos, tivesses recuado!

Não tinha experimentado as lágrimas

A tua libré não tinha encarado

E a tua dubiedade nunca avaliaria

 

Agora, apesar de seguires, encontras o chão molhado

As lágrimas não limparam nada.

Irreais, doces e não salgadas.

Derribaste-me enquanto decidias.

 

Mas nunca me contaste porque bamboleaste.

Nunca me adiantaste porque recuaste só quando caíste.

Nunca me esclareceste tal luz! Nunca.

música: Luz
sinto-me: Leve

publicado por dulci às 10:41
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