Estava eu pachorrenta no meu espaço, entre aqueles aromas a madeira e velas com perfume a baunilha que persistentemente coloco em cima do móvel antigo do meu hall, quando alguém bate à porta.
Ups, uma figura trajada de branco, olhos redondinhos verdes e cabelo ondulado dourado! Quem seria aquela personagem? Até me desnorteei com a destoante figura.
Já estava acostumada a abrir a porta àquela figura de olhar negro, cabelo liso escuro e vestes vermelhas que até me ocorreu que poderia ter voltado
Serena e confiante, interroguei-a sobre a sua proveniência e o seu propósito. Para meu pasmo a criatura desatou a devanear sobre um assunto no qual eu pensara momentos atrás, antes da sua invasão.
Blá blá blá, temos que avaliar as coisas, meditar nas vantagens e desvantagens, etc., coisa e tal. Mas que raio de palestra! Agora que o senhor Medo partira, tinha que ouvir dissertações de teses que nunca tinha escrito ou lido e apenas tinha considerado, minutos atrás.
Até senti saudades do Sr. Medo. No mínimo, o Sr. Medo, só colocava inconvenientes e esta vinha-me com relevâncias!
Ai Dª Consciência, eu juro que, desta vez, perco a pachorra, chamo a Dª Imprevidência e veremos quem vence!
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